Moradores do Primavera reclamam de valeta(Veja Vídeo)
Há décadas, uma valeta de aproximadamente um metro de profundidade e quase três de largura causa transtornos para os moradores da rua Francisco Alves, bairro Primavera, em Araçatuba. A água e a sujeira que se acumulam no local atraem insetos e animais peçonhentos, ameaçando a saúde pública. O mato alto esconde o perigo da via, provocando acidentes. Cansada de esperar pela Prefeitura, a população recorreu ao vereador Joel de Melo Platibanda (PMN) para intermediar a solução do problema.
O porteiro Valmir Ferreira Gon conta que quando chegou ao bairro, no início dos anos 80, a valeta já existia. O canal, segundo ele, aberto pela Prefeitura para o escoamento das águas pluviais que descem dos bairros TV e São Sebastião, passa por ruas do Ipanema, Antônio Vilela, Vila Alba, Manoel Pires e Etemp. "Desde que eu construí aqui, poucas foram as melhorias realizadas. Pago os impostos, mas não vejo os benefícios", lamenta Gon.
Na Francisco Alves, a valeta corre paralelamente à via, ao lado de uma área de preservação ambiental, atualmente ocupada por três famílias. A água parada leva baratas, ratos, cobras, moscas, mau cheiro e doenças para as residências. "Eles fiscalizam nossos quintais em busca de criadouros do mosquito da dengue e da leishmaniose, mas se esquecem de olhar a valeta", revela a dona de casa Andressa Victor da Silva.
"Fico triste porque falam de todos os bairros, mas se esquecem do nosso. Não queremos cobras entrando em nossas casas, ratazanas comendo os alimentos da despensa, baratas voando. Queremos que eles deem um jeito nessa valeta, pois não podemos mais viver assim", completa a dona de casa Aparecida Cristina Cordeiro Sales.
As quedas também são frequentes no local. "Meu tio já caiu com o carro na valeta, meus filhos e os netos dos vizinhos também. É muito perigoso", enumera Andressa.
A consequência é a desvalorização dos imóveis. "Eu já tentei vender aqui e sair fora, mas com o que me pagam não compro nem um terreno para morar com as mãos cruzadas. Tenho vergonha de chamar alguém para vir à minha casa e ver onde eu moro", afirma Gon.
Conforme os moradores, a última limpeza da valeta ocorreu há mais de um ano e somente após muita insistência. "E foi uma limpeza mal feita. Deixaram o lixo no meio da rua por quase um mês", lembra Cristina. Sem a manutenção adequada, a população pede a canalização da valeta. "Tem que ser canalizada para recebermos o asfalto. Mas, na verdade, já perdi as esperanças", diz Gon.
Na última terça-feira (03/05), o vereador Joel de Melo Platibanda esteve na rua Francisco Alves e se comprometeu a cobrar providências do Poder Executivo por meio de um requerimento de informações oficiais. "Falam muito de saúde pública, mas se esquecem de locais como esse, verdadeiro criadouro de insetos e animais peçonhentos. É dever da Prefeitura manter a valeta limpa", declarou o parlamentar.