O anúncio da manutenção das atividades do Hospital Municipal da Mulher, feito na semana passada pelo prefeito em exercício Carlos Hernandes (PMDB), foi um dos assuntos mais discutidos pelos vereadores na 14ª sessão ordinária do ano, realizada na segunda-feira (02/05). A pedido do presidente da Comissão de Saúde, vereador Rivael Papinha (PSB), a sessão foi transformada em informal para que os parlamentares pudessem falar sobre o tema.

Primeiro vereador a se manifestar, Papinha destacou o papel da Câmara e da sociedade para o não fechamento do hospital. “É uma conquista da população de Araçatuba, mas, acima de tudo, um trabalho dessa Casa. Temos que ressaltar e valorizar”, disse ele, que repudiou a atitude de Hernandes em não convidar a Câmara para o anúncio.

A vereadora Edna Flor (PPS) indagou sobre o projeto que foi apresentado ao governador Geraldo Alckmin, na sexta-feira, para o custeio do hospital. “A Comissão de Saúde sabe qual foi a proposta apresentada ao governador? Eu soube que há um estudo, mas a gente não conhece, não sabe qual é. É no mínimo desrespeitoso com essa Casa”, considerou a parlamentar.

O vereador Dr. Jaime (PTB), que acompanhou a entrega do projeto ao governador, falou sobre o documento. “Na sexta-feira, nós não ficamos no discurso. Acompanhamos o prefeito. Fomos até o governador. Foi entregue um projeto consistente, apresentado pelos técnicos da saúde”, rebateu.

O vereador Carlinhos Santana (SD) voltou a enfatizar a participação do Poder Legislativo na busca de soluções para manter o Hospital da Mulher aberto. “É compreensível o desabafo do vereador Papinha, porque todos nós sabemos que houve o empenho dessa Casa. Tenho certeza que todos os vereadores foram abordados na rua por moradores querendo saber do Hospital da Mulher. Executivo e Legislativo deveriam estar juntos”, opinou Carlinhos.

Líder do governo municipal na Câmara, o vereador Prof. Cláudio (PMN) defendeu a ajuda dos governos federal e estadual para o custeio da unidade. “Eu acho que devemos ter parceria para que o atendimento continue e melhore”, afirmou.

Integrante da comissão que elaborou relatório técnico sobre a funcionalidade do Hospital da Mulher, a vereadora Tieza (PSDB) também se pronunciou. “Foi com boa vontade que fizemos um estudo com muito profissionalismo. Nós não fizemos um projeto. É muito justo que a Prefeitura faça o projeto, até porque só com o nosso trabalho seria difícil pleitear recursos”, esclareceu.

O vereador Gilberto Batata Mantovani (PR), que também esteve com o governador, foi pessimista. “Eu não acredito que virá um centavo do Governo do Estado para socorrer o Hospital da Mulher”, adiantou o parlamentar.