Zona azul no entorno da Santa Casa gera debate em plenário
A cobrança da zona azul nos arredores da Santa Casa de Araçatuba foi um dos assuntos mais discutidos pelos vereadores no retorno do recesso parlamentar, durante a 1ª sessão ordinária do ano, na segunda-feira (06/02).
O estacionamento rotativo no entorno do hospital predominou no discurso do vereador Dunga (DEM), que ocupou a tribuna no Pequeno Expediente. O parlamentar que, na semana passada, percorreu as ruas ao redor da Santa Casa para ouvir usuários da zona azul, exibiu uma reportagem sobre o tema, produzida pela TV Câmara.
“Eu não quero que ponha fim na zona azul de Araçatuba, mas eu não acho viável a pessoa levar um doente na Santa Casa e, quando voltar, ter uma multa no carro. O povo já não tem dinheiro para comprar remédio e vamos ainda impor isso?”, posicionou-se.
As reclamações com a implantação do estacionamento rotativo na região da Santa Casa, que também abriga clínicas médicas e laboratórios, vêm de toda parte.
“É uma palhaçada”, afirma o funcionário do hospital, Carlos Roberto Geraldussi. “É um constrangimento para mim isso aí”, revela o cadeirante Adriano Angelo Borges. “É complicado”, garante o motorista Anderson Francisco de Almeida. “Não dá mais para parar na porta de casa”, diz a professora Marilena Tosta, que mora há mais de 50 anos nas imediações.
Para atender à população, o vereador Dunga protocolou uma indicação ao prefeito Dilador Borges (PSDB), pedindo a demarcação de vagas destinadas a idosos, gestantes e pessoas com deficiência próximo das entradas dos estabelecimentos de saúde onde há zona azul ou a extinção do estacionamento rotativo nestes locais.
ORDEM DO DIA -
O assunto voltou à pauta durante a Ordem do Dia com a discussão de um recurso proposto pelo vereador Dr. Almir (PSDB). O parlamentar é autor de projeto de lei que proíbe a implantação do sistema de estacionamento rotativo no entorno de hospitais, pronto-socorros, unidades básicas de saúde, escolas, creches, entidades assistenciais, templos de qualquer culto e empresas prestadoras de serviços públicos. A matéria foi considerada ilegal pela Procuradoria Legislativa da Câmara por vício de iniciativa.
“O povo já não aguenta mais. Essa empresa está difundindo essas faixas azuis por toda a cidade. Quem tem que tomar a iniciativa neste momento somos nós. Vício de iniciativa teremos nós se não fizermos o que tem que ser feito”, considerou Dr. Almir. O recurso foi adiado por duas sessões.