Vereadora quer solução para as casas do Araçatuba G (Veja Vídeo)
A Vereadora Edna Flor (PPS), presidente do Legislativo de Araçatuba, quer saber de quem é a responsabilidade pelos problemas estruturais que apresentam algumas casas do Conjunto Elias Stefan , o Araçatuba G. Ela está requisitando informações da prefeitura por meio de um requerimento aprovado durante a 12.ª sessão ordinária do ano, realizada em 20 de abril.
A vereadora está preocupada com a segurança de alguns moradores que vivem em casas com a estrutura abalada. "Precisamos de medidas rápidas para tirar as pessoas daquele lugar e levá-las para um lugar seguro", alertou a vereadora. Em visita ao bairro, Edna Flor pode constatar as dificuldades que muitas famílias enfrentam Várias casas da rua Marcelo Marques da Silva tem rachaduras, algumas já perderam parte da laje, outras tem problemas com as portas e janelas que não fecham e nem abrem direito.
Duas apresentam sérios problemas com o beiral da fachada, inclusive um deles já desabou . Cerca de 100 quilos de concreto caíram, colocando em risco a vida das pessoas que moram ou transitam pelo local. A dona da casa, Selma Costa Tomaz de Aquino, agradece a Deus que o fato aconteceu na madrugada. "As crianças da rua brincam constantemente no lugar", explicou.
Para sanar o problema provisoriamente, as casas receberam vigas de sustentação que seguram os beirais da laje. Isso aconteceu aproximadamente há dois meses e até agora nada de definitivo foi realizado. As próprias vigas dão sinais que não agüentam o peso da estrutura das casas. Os moradores reclamam que não conseguem encontrar as pessoas responsáveis. "É um jogo de empurra. Na prefeitura nos dizem que o problema é com a CDHU ( Companhia Desenvolvimento Habitacional e Urbano) e na CDHU dizem que a responsabilidade é da prefeitura", reclamou Márcia Maria Soares dos Santos.
As casas do Araçatuba G foram objeto de um convênio entre a Prefeitura e a CDHU, que destinou recursos para a construção de 512 casas. As moradias foram construídas em regime de mutirão e a obra foi gerenciada pela OSCIP - Organização da Sociedade Civil para Interesse Público de nome ABTSI - Agência Brasileira de Tecnologia Social e Integrada. Segundo Edna Flor, em maio de 2007 a OSCIP interrompeu os serviços e a prefeitura passou a coordenar os trabalhos.
Agora a vereadora quer saber quem deve assumir a responsabilidade pelos problemas: a prefeitura, a CDHU ou a OSCIP contratada. "Se houve pagamento, a obra deveria ter sido entregue de acordo com o que se previa em contrato".alertou Edna Flor lembrando que o custo inicial da obra era de R$ 3 milhões e acabou ficando em R$ 6 milhões. "Na época CDHU era a responsável e agora quem responde por isso? ", indagou Edna.
O requerimento teve o apoio público das vereadoras Tieza (PSDB) e Durvalina (PT) e dos vereadores DR. Nava (PSC) e Edval Antônio dos Santos (PP) . No documento a vereadora Edna questiona ainda o executivo sobre as providencias a serem adotadas, se as empresas envolvidas já foram informadas sobre acontece com as casas, se houve alguma perícia ou inspeção no local e se foram fixados prazos para as providências. A prefeitura tem 15 dias, após o recebimento do requerimento, para responder às indagações da vereadora.