Vereador apoia ampliação do serviço de diálise da Santa Casa(Veja Vídeo)
O serviço de diálise de Araçatuba precisa ser ampliado. Hoje, a unidade opera em sua capacidade máxima com 155 pacientes. Há cinco anos não há investimentos no setor impedindo a ampliação do prédio ou a aquisição de aparelhos. De acordo com o médico Luiz Cláudio Lima, responsável técnico de serviço, para atender a demanda reprimida - que é de 30 novos pacientes por ano - seria preciso criar no momento mais 150 vagas. "Essas pessoas que não estão recebendo tratamento adequado têm seu estado de saúde comprometido dia a dia", alertou.
O vereador Dr. Nava (PSC) visitou a unidade e conversou com os médicos responsáveis pelo setor e com a diretoria do hospital. Ele está trabalhando para conseguir, junto à administração municipal e ao governo federal, verbas para a construção de um nova unidade de diálise em Araçatuba com capacidade para atender mais pessoas. Segundo o vereador, o primeiro passo já foi dado e o secretário executivo do hospital, Adilson dos Santos esteve em Brasília para levar a proposta ao Ministério da Saúde. "A causa é nobre e eu tenho a obrigação de ajudar. Os doentes não podem esperar, mesmo porque o atendimento é um direito constitucional", explicou.
Com a falta de estrutura para atender sua área de influência de aproximadamente 500 mil habitantes, visto que a Santa Casa atende toda a região, é perigoso que Araçatuba perca o convênio com o estado. Essa é a preocupação do diretor clínico da Santa Casa, Sérgio Smolentzov. "O convênio prevê que possamos atender a demanda", explicou. O recurso estimado para a obra é de três a quatro milhões.
A hemodiálise é um procedimento que dura em média quatro horas e tem que ser realizado três vezes por semana. O dialisador filtra o sangue para retirar dele substâncias que trazem prejuízo ao corpo. Função que, numa pessoa saudável, é realizada pelos rins. Há também pacientes que fazem a diálise peritonial. Neste caso uma solução própria entra no abdômen através de um cateter. Para este procedimento, os pacientes têm que ficar internados por 24 horas, ou fazer o tratamento em casa diariamente, após treinamento.
O tratamento de diálise deve ser constante e só será interrompido se o paciente receber um transplante de rim. José Marques dos Santos é um dos pacientes do centro de diálise. Ele tem insuficiência renal e está em tratamento há quatro anos. Apesar dos inconvenientes, ele encara as sessões da melhor forma possível. "Eu penso que estou indo para o trabalho", disse.
Apesar da boa vontade e da melhora geral na saúde, Santos sonha mesmo com o transplante, única oportunidade de mudar realmente a condição dele. Assim como o funcionário público municipal, os demais pacientes em tratamento também aguardam por um rim. A espera é longa, tem pessoas que estão na fila há mais de oito anos e a média de transplante realizado em pacientes da região é de 12 por ano.