Prédios públicos e particulares, abandonados e em processo avançado de deterioração, espalhados pela região central e nos bairros de Araçatuba, são tema de um requerimento de autoria da vereadora Tieza (PSDB), que será votado nas próximas sessões da Câmara Municipal.

No pedido oficial de informações ao Executivo municipal, a vereadora questiona se a Prefeitura possui mapeamento dos imóveis desabitados e abandonados e, em caso positivo, que providências estão sendo tomadas pelo município para reverter a situação, uma vez que parte deles tem pendências judiciais.

No cruzamento das ruas Marechal Deodoro e Tupinambás, um prédio particular, que já abrigou uma revendedora de sais e rações para animais, está abandonado. Janelas danificadas e a sujeira espalhada pelo chão comprovam o estado lastimável do estabelecimento.

Também na região central e bem próximos da sede do Legislativo municipal, estão localizados três prédios: entre eles o da cadeia pública desativada, do hotel Gaspar e de um antigo bar e restaurante.

Além do abandono, eles têm em comum a estrutura parcialmente destruída e a beleza histórica descaracterizada pela ação do tempo e aparente falta de interesse dos responsáveis em zelar pela integridade dos estabelecimentos.

No conjunto de prédios do residencial Gorgoni, no jardim Nova Iorque, área nobre de Araçatuba, abandonado há pelo menos 15 anos, a situação é ainda pior. O residencial está interditado pela Justiça sob risco de desabamento.

Vizinhos do condomínio afirmam que o local é habitado atualmente por moradores de rua e utilizado por prostitutas e travestis para programas sexuais, que também dividem espaço com usuários de entorpecentes.

O residencial também foi cenário para um dos crimes que mais chocaram a população. Há pouco mais de um ano, o aposentado Renato Gomes da Silva foi morto a pancadas pouco depois de ter ido o banco retirar dinheiro. Na ocasião, a carteira com dinheiro, documentos e cartões não foi encontrada.

Conforme relato policial, o corpo foi encontrado jogado próximo a uma escada de um dos prédios que dá acesso aos apartamentos.

"Este requerimento tem como objetivo ajudar o município a identificar os responsáveis por estes prédios e assim sensibilizar o poder público e a sociedade para a importância de revitalizá-los para que sejam mais bem aproveitados pelas pessoas", ponderou Tieza.