Posto abandonado e falta de iluminação atormentam moradores no bairro Palmeiras (Veja Vídeo)
No final da Rua José Caetano Ruas, no bairro Jardim Palmeiras, as instalações parcialmente destruídas de um posto de gasolina desativado põem em risco a segurança dos moradores vizinhos do prédio.
O pátio do posto, que antes abrigava bombas de combustíveis e funcionários responsáveis pelo abastecimento de veículos, dá lugar agora a mato e lixo espalhados no chão.
No prédio, onde funcionava a administração e havia espaços para lavagem e troca de óleo de veículos, a água acumulada, o vaso sanitário destruído, um velho colchão jogado e o quadro de energia elétrica deteriorado, em meio a muita sujeira, compõem o cenário para pessoas que freqüentam o local à noite em busca de abrigo para dormir, fazer programas sexuais e até mesmo consumir drogas, conforme relatos de vizinhos.
Nem mesmo o experiente motorista de caminhão Marcos Roberto Fonseca, que passa de três a quatro vezes por semana em frente ao local e utiliza parte das instalações para fazer pequenos reparos no veículo, se sente tranquilo para frequentar o local.
"É um caso típico de descaso com a comunidade vizinha deste prédio. E a situação fica pior quando anoitece e o local, sem iluminação, começa a abrigar pessoas suspeitas que trazem risco para a segurança das famílias que moram nos arredores", afirmou.
SUSPEITOS - A dona de casa Neusa dos Reis Marchioli, uma das moradoras da Avenida Silvestre Augusto do Nascimento - situada ao lado do posto desativado - se sente refém do próprio medo constantemente, à medida que a noite se aproxima.
Ela alega que, devido à falta de iluminação na rua, teve a casa furtada recentemente e o número de pessoas suspeitas que passaram a frequentar o local à noite aumentou, trazendo medo para os moradores.
"Minha filha estuda no período noturno e é sempre um tormento quando ela chega sozinha da escola", relatou.
Segundo ela, é comum pessoas utilizarem o local tomado pela escuridão para guardar objetos que foram furtados ou roubados, além de queimar fios de cobre furtados para vender no mercado paralelo. "Já pedi diversas vezes à Prefeitura providências para solucionar esta situação. Eu pago por um serviço que não é executado, isso não é justo", afirmou.
MP - A cerca de 300 metros do posto desativado, a sensação de insegurança também é constante com a falta de iluminação adequada. Mais precisamente quando o cenário é o parque público localizado ao lado da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Planalto.
Com portões escancarados - quebrados na maioria das vezes - o parque, ora freqüentado durante as manhas e à noite, abriga agora um celeiro de brinquedos deteriorados devido à ação do tempo e ao descaso da administração pública.
Uma situação agravada dia a dia pela falta de postes de luz que funcionem e, por conseguinte, impedem que o local seja frequentado no período noturno por famílias.
O funcionário público federal Roberto Carlos Sapateiro conhece bem a realidade do parque, já que mora em frente ao local há pelo menos oito anos.
Alegando estar cansado de recorrer ao telefone da Prefeitura para comunicar a falta de iluminação pública, ele encaminhou um ofício à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos pedindo providências.
A resposta veio por escrito, assinada pelo secretário Tadami Kawata, de que o pedido "mereceu atenção" do Poder Público e que em breve as providências seriam tomadas.
"Em breve, quando? Dois, três anos?", protestou o morador que cogita levar o caso ao Ministério Público, caso as ações práticas não sejam executadas pela Prefeitura.