Número excessivo de cães errantes preocupa Marcelo Andorfato
Um requerimento do vereador Marcelo Andorfato (PMDB), apresentado durante a 14 ª sessão ordinária, questiona a prefeitura sobre o trabalho desenvolvido pelo Centro de Zoonoses do município. A preocupação é com o controle de cães errantes e abandonados que perambulam pelas ruas da cidade e que podem estar doentes. "Preocupo-me com a disseminação da leishmaniose. Essa doença mata", disse o vereador.
Segundo Marcelo Andorfato, o município não possui qualquer tipo de fiscalização nas ruas neste sentido. Ele recebeu denúncia de que existem apenas duas carrocinhas para executar o trabalho em toda a cidade, mas uma está quebrada e a outra não sai às ruas por falta de funcionários.
O vereador quer informações oficiais do município quanto ao trabalho desenvolvido. No requerimento, aprovado pelo plenário, ele quer saber como o Centro de Zoonoses tem realizado a coleta de animais nas ruas, quantos veículos o órgão tem a disposição para o serviço, se os carros estão em condições de uso e quantos funcionários trabalham no setor.
A prefeitura tem prazo de 15 dias após o recebimento do documento para responder as perguntas. O vereador Marcelo entende que em questões como estas, o legislativo atua como fiscalizador, mas também pode apresentar idéias e sugestões. "O assunto é sério e temos que cobrar da administração uma atitude mais eficaz. Eu acredito, por exemplo, que o município deveria ter pelo menos umas quatro carrocinhas em bom estado e pessoal disponível para fazer um trabalho permanente", disse.
Segundo estudos da Faculdade de Veterinária da Unesp de Araçatuba. No período de 1994 a 2004, a população canina da cidade registrou duas importantes doenças: a raiva e a leishimaniose visceral. De acordo com a pesquisa, o aumento da população canina mais jovem pode resultar em aumento da susceptibilidade destes cães à doença. A pesquisa ainda indica que, a relação cão/habitante na área urbana de Araçatuba variou de 1,69 em 1994 para 2,03 cães em 1999, atingindo 1,79 cães para cada dez habitantes em 2004.