Grupo Essência quer parcerias para viabilizar a saúde mental (Veja Vídeo)
Oito profissionais da área de psicologia do Grupo Essência se reuniram na manhã desta sexta-feira, 8 de maio, com a presidente da Câmara de Araçatuba, Edna Flor (PPS). Elas trouxeram dois projetos voltados para a área de saúde mental e discutiram a necessidade de haver parcerias para o sucesso das políticas públicas para o segmento.
O Grupo Essência é formado por psicólogas e estudantes de psicologia da Unip (Universidade Paulista) e FEA (Fundação Educacional de Araçatuba). Um dos projetos desenvolvidos no âmbito terapêutico é o acompanhamento e a tentativa de incluir os pacientes com transtorno mental, dependência química e física. Entre eles, existe o auxílio na higienização de pacientes com alguma limitação no Centrinho da Unesp e na Apae.
Outro projeto são as oficinas, que usam o trabalho de artesanato como mediador da terapia. Um grupo de 20 pacientes do Ambulatório de Saúde Mental está sendo atendido, na fase inicial da proposta, que pretende ser implantada efetivamente no segundo semestre do ano. "Estamos tentando articular a rede de saúde mental que inexiste hoje em Araçatuba", disse Simone Pantaleão Macedo, psicóloga e coordenadora do grupo Essência.
Para Macedo, a Câmara pode auxiliar na articulação da rede de saúde mental proposta. "Há uma saúde muito precária e talvez uma rede conseguisse articular de uma forma que não tivesse um número de reinternações absurdo, uma cronificação do paciente e óbitos precoces. Queremos se aliar para obter um resultado melhor e maior para esses usuários", destacou.
Segundo Josseline Capua Rodrigues Sanches, acompanhante terapêutica, a intenção da oficina é reduzir a internação do paciente. "Temos conseguido esse resultado. Os pacientes têm melhorado, buscado autonomia e circulado melhor na sociedade", explicou.
A presidente da Câmara, Edna Flor, destacou que existem outros caminhos na área de saúde mental. "Precisamos romper esse caminho já superado das internações, desse modelo arcaico de tratamento para poder dar uma atenção especial à pessoa como um todo", disse.
Na avaliação de Edna, o Legislativo pode auxiliar nesse processo com base no Plano Plurianual, no orçamento e na Lei de Diretrizes Orçamentárias. "Tem que haver recursos reservados para que esses trabalhos sejam desenvolvidos", disse.