Deficientes auditivos participam de torneio interestadual de futsal(Veja Vídeo)
Araçatuba sediou, no último sábado, 1º/3, Dia do Trabalho, o II Torneio Interestadual de Futebol de Salão, na modalidade surdos. Cerca de 400 atletas de 16 cidades diferentes, inclusive de outros Estados, participaram da competição, que aconteceu durante todo o dia no ginásio de Esportes Matarazzo e foi organizado pela futura Assudata (Associação de Surdos e Deficientes Auditivos de Araçatuba e Região).
Logo na abertura, em clima de muito civismo, os atletas acompanharam o hino nacional, auxiliados pela intérprete da Língua Brasileira de Sinais, Caroline de Oliveira Bessão.
Os municípios de Ribeirão Preto (SP) e Pantanal (MS) abriram o campeonato, que contou ainda com as participações de Araraquara, Franca, Birigui, Campo Grande (MS), Barretos, Maringá (PR), Guarulhos, Bauru. Frutal (MG)., São Paulo, Dourados (MS), Presidente Prudente, Tupã e Araçatuba.
Autoridades também prestigiaram o torneio, que teve o apoio da vereadora Tieza (PSDB). "Quero destacar a organização, que mesmo não sendo profissional, não deixou nada a desejar. Isso prova que onde se abre oportunidades, as coisas acontecem", disse.
O futsal para surdos tem as mesmas regras que o praticado por pessoas sem a deficiência, só que com algumas adaptações. O apito é substituído por bandeiras, que também são utilizadas para marcar faltas, cobranças, pênaltis e até expulsão do jogo. "Para cada uma dessas atividades utilizamos uma cor diferente de bandeira", explica o presidente da Liga Araçatubense de Futebol, Celso Corrêa.
Araçatuba é o primeiro município do Brasil a desenvolver um campeonato específico para deficientes auditivos. No ano passado, ele aconteceu apenas em nível estadual. No entanto, os resultados foram tão positivos que os organizadores resolveram abrir para a participação de outros Estados. "Esse trabalho está sendo tão bonito que ainda vamos chegar a uma olimpíada brasileira a partir da iniciativa de Araçatuba", acredita um dos organizadores, Sidnei de Oliveira Machado.
Para ele, os deficientes auditivos são carentes de lazer, por isso participam mesmo quando são chamados para representar seus municípios de origem.