Condepha alerta para a importância de preservar patrimônio tombado (Veja Vídeo)
Com o objetivo de preservar a estrutura original de prédios públicos tombados no município, membros do Condepha (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural de Araçatuba) apresentaram na tarde de hoje (27) um dossiê sobre as condições de conservação de bens culturais e históricos sob a responsabilidade da Prefeitura.
A presidente da Câmara, vereadora Edna Flor (PPS) e o vereador Cido Saraiva (PMDB) acompanharam a exposição feita pela historiadora e vice-presidente do Conselho, Ângela Liberatti. Os secretários municipais de Cultura e de Planejamento, Hélio Consolaro e Denise Schneider, respectivamente, também assistiram à apresentação.
No documento apresentado pelo Condepha, foram relacionadas diversas fotos de bens públicos que retratam a história do município e têm em comum fachada deteriorada ou descaracterizada, além de falta de conservação de limpeza e iluminação nos seus arredores.
Entre os exemplos citados pela historiadora, está a Capela de Santo Onofre, localizada na Avenida Mário Covas, tombada pela Lei 5.104, de 16 de setembro de 1997.
Em meio as adequações consideradas necessárias pelo conselho está a remoção da placa de identificação da capela, que traz a propaganda de uma loja de materiais de construção, cuja dimensão ofusca a denominação do local.
"É necessário que haja também a limpeza do entorno, bem como a revisão dos projetos de iluminação e de paisagismo adequados para revitalização do prédio", completou Ângela.
A Casa de Cultura "Adelino Brandão", tombada pela Lei 3839, de 14 de dezembro de 1992 - que abriga a sede da Secretaria Municipal de Cultura - também foi alvo de recomendações do conselho.
Entre os pedidos, destacaram-se a limpeza e pintura da fachada central para valorização do prédio, limpeza da área verde instalada em frente ao imóvel e a retirada da fiação elétrica externa que compromete a estética do local.
Ainda sobre a fachada da Casa de Cultura, o órgão de defesa do patrimônio histórico frisou a necessidade de apurar a responsabilidade do desaparecimento do painel artístico do Teatro Castro Alves, de autoria do pintor Franco da Sem ide, criado em 1972, e a retirada da divulgação de eventos nas paredes externas do prédio.
Após a exposição do dossiê, a presidente da Câmara destacou a necessidade de ampliar a parceria do Conselho com o município, por meio dos poderes Executivo e Legislativo, para preservar efetivamente a memória histórica e cultural de Araçatuba, com a conservação dos prédios que guardam a memória da cidade.
"Nesta reunião, ficou agendado para o final do mês de agosto um novo encontro dos representantes da Câmara e da Prefeitura com outros membros do conselho para estimulá-los a participarem com mais efetividade nas decisões que o município tem de tomar para preservar a memória histórica e artística de Araçatuba", afirmou.