Acesso ao bairro Chácaras Recreio Alvorada está precário(Veja Vídeo)
A crítica situação da travessa Itaipu, no bairro Chácaras Recreio Alvorada, está gerando reclamações de moradores e donos de chácaras em Araçatuba. As péssimas condições de tráfego de veículos pela via de terra e a falta de iluminação durante a noite são os principais transtornos enfrentados pelos munícipes, que procuraram o gabinete do vereador Arlindo Araújo (PPS).
Bastante estreito, o caminho está praticamente intransitável. Na manhã desta terça-feira, um ônibus escolar encalhou no local e teve de ser retirado por um trator. Devido à passagem dos veículos, parte do encanamento de água se rompeu e uma equipe do Daea (Departamento de Água e Esgoto de Araçatuba) tentava fazer alguns reparos. Nas últimas semanas, outros veículos também não conseguiram transpor a travessa, cheia de buracos. "Não estamos tendo o direito de ir e vir aqui", desabafa a moradora Remi Kenia Lopes.
Sem nivelamento, o trecho fica ainda mais comprometido quando chove, por causa da passagem de enxurradas. Ao longo da via, existem cerca de 30 chácaras. Na altura da primeira delas, terra, tijolos e cascalhos foram colocados nos buracos para conter a força da água e reduzir os transtornos. Há 23 anos residindo no local, Clarice Gomes de Almeida conta que está cansada de tantos problemas. "Aqui mora muita gente, mas estamos ficando ilhados com a situação desta estrada. A coleta de lixo não está passando mais. Precisam acabar com esses buracos", relata.
O produtor rural Josias de Oliveira também sofre com a precariedade da via. Ele enfrenta dificuldades para escoar a produção de legumes. "Minha chácara praticamente não tem saída para veículos, então preciso de um caminho cedido pelo vizinho", explica.
Taxa de iluminação
A cobrança da taxa para custeio de iluminação pública, feita pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), é outra queixa dos moradores. Segundo eles, a área é urbana, mas não tem iluminação externa durante a noite. Os postes que conduzem a rede de energia margeiam a estreita via. O transformador principal e os relógios de todas as residências ficam na propriedade de Marinês Apolinário de Souza Prazeres. O poste está tomado por cupins e as caixas individuais de leitura da luz, assentadas em madeira, ameaçam ruir.
"Já procuramos a CPFL, mas disseram que o problema é dos próprios moradores. Estamos com os relógios caindo, pode pegar fogo a qualquer momento", reclama Prazeres. "Dá medo sair na travessa à noite, não dá para enxergar nada", complementa Clarice de Almeida.
Procurado pelos moradores, o vereador Arlindo Araújo (PPS) deve apresentar um requerimento de informações oficiais à Prefeitura na próxima sessão da Câmara. O parlamentar quer saber o posicionamento da administração sobre a precariedade do bairro.